Lembro-me daqueles olhares curiosos e daquelas faces na primeira vez que me apresentaram a eles. O que senti foi uma pitadinha de medo com muito querer a descobrir. Nossa!!! Como é encantador. Estava alí na frente deles, para lhes passar um pouco de quem sou, do meu conhecimento e vê-los falar, indagar e saber que o estar alí naquele momento representou muito na minha vida. E naquela troca de saberes, me soou aos ouvidos uma palavra que me fez parar. Alguém me chamou: Professora! Professora ... naquele momento eu senti uma grande responsabilidade pousar em meus ombros. "Ser" professor/educador é uma missão! Observamos que se um médico for negligente, isso pode lhe custar uma vida e nas mãos do professor quantas vidas lhes são oferecidas? Sabemos que nas mãos do engenheiro cívil está a edificação das construções, no entanto, quem pode medir ou calcular em metros quadrados a construção de um sujeito enquanto político, social e humano?
Esta experiência deu-se apenas neste dia, e agora me percebo na espera do próximo encontro, o qual não sei quando será e como vai acontecer. A turma pode ser a mesma mas cada dia é um novo dia, os sujetos não são os mesmos, porque já tiveram outras experiências e outras convivências, enfim, o momento que é construído no planejamento antecipado aplicado pela dinâmica própria do "agora" (no momento da atuação) não tem como ser igual todos os dias, isso é o que me fascina.
Alegria mesmo é quando os reencontro no pátio ou em outro lugar, onde seus abraços e seus carinhos me dizem que tenho uma longa missão a cumpir com dedicação, compromisso e amor.